Quando o que querias na vida já se sente,
E o mundo, que por um dia, rei te fizer…
Vai até ao espelho, olha-te bem de frente
E vê o que o sujeito tem para te dizer.
Pois não é a tua mãe, nem o teu pai, nem mulher
Que tem que te julgar, assim, sem conselho.
O veredicto que em mais conta deves ter
É só o do sujeito que te encara no espelho.
A ele é que tens de agradar, a mais ninguém,
Porque ele, até ao fim, estará contigo.
A prova mais perigosa e difícil do teu bem
É se o sujeito do espelho é mesmo teu amigo…
A ti podem-te tratar como grande amigalhaço,
E podes até pensar que és boa gente,
Mas o sujeito do espelho dirá que és um palhaço
Se não o poderes encarar de frente!
Podes, toda a vida, todo o mundo enganar,
Receber palmadinhas nas costas, meu velho,
Mas o prémio final será de choro e pesar,
Se tiveres defraudado o sujeito do espelho!
Edgar Guest
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